Girl with her mother holding a new flower

Minhas impressões deste mundo são muito promissoras. Embora esteja na moda o catastrofismo daqueles que perderam a esperança na raça humana ou na capacidade de restauração do planeta, continuo acreditando que somos co-criadores de nossas próprias realidades e escolhemos em que mundo – ou em que PERCEPÇÃO de mundo queremos viver.

Reitero minha esperança na tal “Idade de Ouro” de que falavam os hindus que, pelas contas de vários, estará amanhecendo logo mais aí no futuro médio. Vejo brotos, sementes e sinais em todos os lados de uma lenta e inexorável mudança. Para melhor.

Há um estudo realizado pelo biólogo inglês Rupert Sheldrake que prova que quando se atinge uma certa “massa crítica” de pessoas com a mesma consciência ou mudança de hábito, paradigmas seculares podem ser mudados em poucos anos.

O processo responsável por essa coletivização da informação foi batizado por Sheldrake com o nome de Ressonância Mórfica. Por meio dela, as informações se propagam no interior do campo mórfico. Os campos mórficos, diferentemente dos campos eletromagnéticos da Física, não transmitem energia, mas sim, INFORMAÇÃO. Através do campo, todos os sistemas individuais a ele associados compartilham o conhecimento adquirido pela espécie.

Segundo Sheldrake o fator que dá origem aos campos morfogenéticos é o HÁBITO. Através dos hábitos, os campos vão variando suas estruturas enquanto influenciam as modificações em todos os sistemas a eles associados. Por exemplo, em um bosque de coníferas se gera o hábito de estender as raízes a uma maior profundidade a fim de absorver nutrientes. O campo mórfico das coníferas assimila e armazena este informação que é herdada não só pelos exemplares ao seu redor, mas em bosques de coníferas em torno de todo planeta, através da ressonância mórfica.

E tem a famosa descrição do que se chamou de “o centésimo macaco”. Biólogos estudavam o comportamento de famílias de macacos em diferentes ilhas no Japão. Para isso, jogavam o alimento na praia e observavam o comportamento do bando. Um belo dia uma jovem macaca teve a idéia de ir até o mar e lavar o alimento. No dia seguinte, ela mostrou aos membros mais jovens do bando e, conforme os dias iam passando, mais macacos adotavam aquele comportamento. Quando o “centésimo macaco” (número simbólico, imagino) adotou o novo comportamento, os macacos de todas as outras ilhas (ILHAS, portanto, sem nenhuma comunicação visual ou de qualquer tipo), adotou igualmente o novo comportamento. TODOS!

Trazendo isso tudo para o tema deste post, vamos a um exemplo mais próximo: há 50 anos não se tinha a consciência e o cuidado com a natureza como temos hoje, pois não havia o conceito de interdependência que é cada vez mais senso comum. Na corrida pela preservação dos recursos planetários não há ricos nem pobres, pois todos os países fazem parte da Grande Comunidade Terra e o que afeta o UM, afeta o TODO.

Embora vejamos “muito papo e pouca ação” – como diria meu sábio filho de 12 anos – há uma consciência crescente em todo o planeta sobre a verdade da interdependência – o tsunami do Japão afeta muitos outros sistemas do planeta. Sim, já sabemos isso.

Embora exista um verniz superficial corroborado pelos meios de comunicação e pelo poder vigente, na minha percepção existe uma “consciência paralela”, que acontece uni-celularmente – de Pessoa a Pessoa, de Ser a Ser, que corre pelas veias das redes sociais e através da democratização da INFORMAÇÃO que a internet tem permitido.

Vejo uma REVOLUÇÃO acontecendo bem debaixo do nosso nariz. Ou melhor: nas pontas velozes de infinitos dedos teclando e interligando pessoas através de ideias, reunindo os iguais, provocando os contrários e democratizando uma das forças que mais os governantes tentaram e tentam manter a portas fechadas: a INFORMAÇÃO. Porque o conhecimento liberta, cria novos HÁBITOS que, se considerarmos o estudo de Sheldrake, liderarão as mudanças planetárias. A informação e o conhecimento libertam, gente. Já aconteceu com as mulheres, com as minorias, com as classes menos favorecidas, com os países mais pobres.

Sim, eu sei Querida Pessoa, que há abismos enormes para transpor. Não sou assim tão ingênua. Reconheço que uma vasta parte da comunidade global continua presa na velha forma dual de existir: eu x você; minha religião x a sua; meus (pré) conceitos x os seus; meu país x o seu país e assim por diante. Mas as fileiras da igualdade crescem numa velocidade centenas de vezes maior do que qualquer outro tempo. E isso que ainda não vivemos o impacto dos adultos do futuro, que são as crianças de hoje, que já nasceram imersas nesse mar de oportunidades e mergulhados nesta informação veloz, livre e democrática.

Estamos no Facebook e outras redes achando que estamos procurando amigos. Que nada, somos os “guerrilheiros do teclado”, espalhando conceitos de paz, inclusão, preservação. Compartilhamos links de filmes politicamente corretos que não são vistos no “mainstream”, assinamos petições para deixar as águas limpas para as baleias e para salvar uma mulher do apedrejamento, assinamos para aprovar uma lei contra a corrupção e tantas outras boas causas. E temos força e somos ouvidos, porque são movimentos GLOBAIS em rede, baseados no PODER DE CONEXÃO PESSOA-A-PESSOA.

Sim, somos massas mundiais agora e temos uma VOZ MUNDIAL que clama pelos mesmos direitos.

Se ainda não convenci você a “mudar os óculos” com que olha a realidade, o convido a parar de olhar para o passado e para os erros e desastres que construímos como raça. Eu o convido a focar os olhos no que está em mutação. Somos co-criadores de realidade, o futuro será feito da matéria onde colocamos nossos pensamentos hoje. Quando compartilhamos consciência, beleza e esperança é este tipo de vibração que estamos ofertando à TEIA que constrói esta Comunidade Global que sonhamos para o futuro da Terra.

A responsabilidade pela construção deste futuro de paz e consciência migrou dos governos (que provaram total incompetência para a tarefa) para os indivíduos, pois os governos precisam voltar a ser o que nasceram para ser: uma estrutura a serviço do indivíduo e não o contrário.

Hoje temos poderosas Egrégoras Espirituais trabalhando por esta nova consciência Ser-a-Ser, Pessoa-a-Pessoa, mas muitos de nós seguem com os olhos fixos num possível desastre iminente. Como tantos já disseram, onde você coloca Energia, as energias convergem. Feche os olhos um momento e perceba esta nova Matriz conectando velozmente e abaixo da superfície, todos os seres. Quando realmente percebermos energeticamente o conceito “Somos Todos Um”, a nova consciência da paz, da partilha e da Comunidade que cuida uns dos outros se estabelecerá. Mas, precisamos do “centésimo macaco”, precisamos de uma “massa crítica” consciente destas mudanças aparentemente imperceptíveis.

Costumamos nos pensar impotentes, porque nos ensinaram ao longo de décadas que não somos tão poderosos. Auto valor tem sido a moeda comum de dominação no mundo. Baixa auto estima é a entrelinha entre cada linha das revistas femininas e masculinas de moda e dietas. Entrelinhas que dizem – “você não é bom o suficiente, você não corresponde ao modelo vigente, algo está errado em você e sabemos como corrigir.” Elas dizem, especialmente “compre!”. Esse é o combustível da máquina de fazer escravos – baixa auto estima.

Mas estamos nos descobrindo como seres potentes, criativos e capazes de mudar o mundo em pequenos atos e grandes atitudes.

É assim que eu vejo cada cliente ou aluno que está na minha frente, cada grupo ou platéia que entro em contato – maravilhada com o tecido da força-em-construção, para mim tão visível e, de modo geral, ainda não revelada a todos. Mas esta revelação está a caminho e quando ela chegar, nós olharemos para estas décadas como Aquelas que Mudaram Nosso Futuro. E, definitivamente, para melhor.

Sonho? Quem viver, verá!