Sim, sim, a pessoa que escreveu o livro A Sombra nos Grupos & Círculos de Mulheres está vindo aqui para falar da Luz e de nosso destino inexorável em direção a ela.

Vamos primeiro definir o que é Luz pra mim: é estar profundamente conectada com a Matriz Original da Alma, que é divina, antes de ser prejudicada pelos traumas, nossos e de nossos ancestrais. Aquela configuração imaculada, que está relacionado com a manifestação máxima do potencial humano.

Eu penso que, em vários níveis, somos essa raça capaz de feitos impressionantes, mas ainda aprisionada em um nível muito abaixo da potência, dons e capacidades que podemos manifestar.

Ainda tem este paradigma vigente, que nos coloca como menos, como problemáticos, como inferiores. Quantas vezes eu mesma disse: “a Terra é um planeta perfeito, o problema somos nós, humanos”. Ainda me sinto assim quando vejo o que a ganância pode gerar, como o caso dos Yanomamis neste Brasil amado, morrendo de fome como um planejamento para exterminá-los e assim ter acesso às reservas de ouro de suas terras.

Mas veja, essa parte cega por coisas que jamais poderão levar ao deixar este corpo – essa ilusão de que viemos ao mundo para acumular bens e riquezas – acomete uma parcela relativamente pequena da humanidade.

A grande maioria – nós, aqui dessa comunidade – temos essa ânsia pelos tesouros do espírito, “mineiramos” o inconsciente em busca de evolução e iluminação espiritual, estas sim, os objetivos de estarmos aqui nesta dimensão terrena, habitando este corpo fantástico e precioso. Estamos atrás dos tesouros que realmente vão conosco – nossas memórias, aprendizados e curas.

Não é desvalorizar os objetivos da Matéria, sabe? Quantas vezes eu já falei e repeti que se estamos encarnados, temos que nos relacionar e valorizar a Matéria, inclusive no que se refere à energia do dinheiro. Ter copa (espiritual), mas também raízes (matéria), entremeados pelo caule, esta parte forte no centro de nós, que conecta essas duas dimensões da existência humana.

Falo aqui de irmos além. De – ancorados na Matéria e na realidade do corpo – nos lançarmos no infinito do espaço, nos vermos e nos reconhecermos como seres cósmicos, ligados a outros seres cósmicos, na vastidão deste Universo.

É abrir a gaiola das crenças que nos querem apequenados, e se lançar no céu do paradigma de ser ilimitado, potente, grande.

Não desde o lugar do orgulho ou do Ego espiritual, mas do lugar que é o centro – que é o amor – que nos une a tudo e a todos.

Todos os dias eu caminho e vou visitar um Flamboyant majestoso que sempre “conversa” comigo. Olho para essa árvore sagrada, guardiã, e a vejo manifestando o potencial máximo do que ela é neste momento da existência dela: um ser-árvore. Ela não se restringe pensando que pode haver pouca água, nutrientes ou sol. Ela se expande com generosidade e sem nenhuma garantia, sempre manifestando o máximo de folhas (e sombra), de flores e de sementes. Ela se expande com generosidade, sendo o mundo para tantos outros seres – passarinhos, abelhas, formigas e um tanto de seres invisíveis aos limitados olhos humanos. Ela até se expande para me ajudar, todos os dias, a me aproximar da minha própria potência máxima. Que generosa essa árvore! Ela se lança, sem pensar no dia de amanhã, oferecendo seu melhor ao mundo. E sem esperar nada em troca, a não ser existir.

Nós, que temos uma certa tendência de nos acharmos o pico da Criação, não estamos nem aos pés da iluminação dessa árvore. Eu choro de gratidão quando me relaciono com ela, pela lição de entrega que ela me oferece – todos os dias.

Nós podemos ser assim também. Nos arriscarmos a abrir nossas asas e deixarmos a gaiola de ouro das limitações e garantias. Tomarmos o maior de todos os riscos: abrir nossos dons, talentos e potências, e simplesmente oferecê-los ao mundo. Sem esperar ter aprovação, espelhamentos positivos ou compensações. Tendo o existir-na-máxima-potência como a mais preciosa de todas as recompensas – aquela que nos aproxima de nossa natureza divina, de nossa Luz e da Luz Maior.

Hoje meu convite é claro: olhe-se com os olhos de ver a Luz. Olhe tudo o que você é, olhe este pulso que tem seu coração, chamando você para um Destino Grande. Que maior destino do que estar e ser completamente confortável e feliz com o que você manifesta no mundo?

Olhe-se para além dos parâmetros de sucesso que esta sociedade ainda falha oferece: olhe-se pelos olhos de Deus, da Deusa. Para a divindade, você é um Ser perfeito, pois é feito em sua imagem e semelhança, é uma emanação de sua Luz. Hoje eu te convido para deixar de sentir-se pequena (o). Olhe para a vastidão do que você tem dentro, descanse aí, como se estivesse dentro de uma pirâmide ou uma merkabah de pura luz.

E diga a si mesma(o):

– Estou livre da escravidão, sou e manifesto a Luz Eterna da Minha Alma!