Nestes tempos de pandemia minhas empresas Essências da Deusa e Cler Barbiero Cursos naturalmente sofreram o “baque” do aspecto econômico desta Pandemia. Sem falar na dificuldade de organizar o dia-a-dia da empresa, mantendo o máximo possível de funcionários em home office e tendo protocolos rígidos para proteger a equipe e os clientes.
E como muitos pequenos empresários, eu comecei a seguir Lives e cursos voltados para gestão, para negócios, etc. Aquela coisa de tentar se “manter atualizado”.
Eu não sou uma “empresária raiz”, não tenho formação na área e conto com especialistas para me ajudar na gestão. Mas no fim das contas, numa empresa pequena, é o dono que acaba ficando com a carga mais pesada de ações – e de preocupações!
E daí que eu fico escutando aquelas pessoas – sempre falando primeiro de sucesso e segundo de tudo o que está errado na sua empresa – e me dá um cansaço. Propondo cursos e imersões que eu nem posso sonhar em fazer, já que estou ativamente envolvida no dia-a-dia da minha empresa, para que ela sobreviva, para que ela atravesse e se fortaleça nesta crise.
E me dei conta que minhas duas empresas são “empreendimentos de amor”. São também “empreendimentos femininos”, onde dinheiro é o resultado e não o objetivo principal. E me alinhei com isso, pedindo a bênção dos meus ancestrais comerciantes do tipo mais tradicional, onde o lucro é o foco único e direcionado. E avisei a eles que não sou apenas uma empresária mulher, mas uma “empresária do coração”, isto é, que decide e leva suas empresas considerando a Missão e o querer. Isso ainda está ressoando e é tão grande. Mas alivia muito. Porque tomei minha decisão: não importa tamanho, eu sou uma “empresária mulher”, cujas empresas são “filhas” e, portanto, não vai haver sacrifícios do ideal ou do sonho para “fazer sucesso” ou ganhar dinheiro. Ponto final.
Antes que você tenha a falsa impressão que simplesmente vou largar de cuidar da gestão financeira e estar atenta para que minhas empresas sigam saudáveis e viáveis, já lhe digo o que repito sempre quando dou palestras a empresários com empreendimentos voltados ao bem estar e à espiritualidade: é preciso cuidar das raízes, da matéria. Não adianta uma copa linda, toda voltada para o espiritual e uma parte material – as raízes – frágil e descuidada. Para tudo é preciso método, organização e um mínimo de conhecimento de como uma empresa funciona.
Colocado o contexto, vamos ao que eu realmente queria dizer aqui. Eu conheço muitas pessoas que fazem empreendimentos do coração – geralmente ligados a um senso de Missão ou de Devoção. Meus negócios, por exemplo, nasceram do anseio de servir à Grande Mãe, portanto, são EMPREEDIMENTOS DEVOCIONAIS. E sofremos muita pressão externa do que as pessoas entendem como “sucesso”. E muitas vezes acabamos fazendo concessões e adaptações que comprometem a “Alma” ou a “Matriz” da ideia inicial. Mas isso é porque nós mesmos ainda estamos no velho paradigma que pode ser:
- Coisas que vem da luz/espiritualidade não podem ser cobradas
- Tenho que simplificar minha Visão senão as pessoas não entendem/não compram
- Tenho que fazer concessões infindáveis a clientes “mais comerciais” que não entendem a diferenciação do meu produto/serviço
- Não dá para ganhar dinheiro fazendo o que se ama
- Tenho que doar e doar e doar, sem me preocupar com receber em troca, por que isso me faz uma pessoa espiritualizada e bondosa.
E por aí vai. Você pode tomar um tempo para avaliar suas crenças e as acrescentar nesta lista.
Não é fácil ser a pessoa que muda paradigmas tão arraigados. Mas se você está sofrendo, achando que seus empreendimentos não são um sucesso por que você não alcançou aquela meta de faturamento que o seu “coaching financeiro” colocou, reavalie se este peso não é porque você está saindo do seu alinhamento de Empreendimento do Coração/Empreendimento Missão. Às vezes você não está ganhando dinheiro exatamente por isso – porque desalinhou-se do Propósito.
Eu ontem num ritual com as Professoras Autorizadas que dão nossa Formação em Polaridade Sistêmica – Deusas & Deuses em Essência, me realinhei profundamente com o porque eu abri minhas empresas – os meus são empreendimentos para servir à Grande Mãe, são Empreendimentos Devocionais, cujo objetivo é levar este pulso de AMOR-QUE-CURA para as pessoas, seja em essências, oráculos, livros, quadros ou cursos.
Então se você é uma pessoa que empreende produtos, cursos, círculos, um consultório de atendimento, se faz tambores ou objetos de poder, ou qualquer outra modalidade voltada para a Cura e o Bem Estar, lhe convido a se lembrar do que lhe fez adentrar neste caminho.
E respondo já: FOI O CORAÇÃO. Foi um Chamado. E lhe convido a se alinhar com este CHAMADO e a deixar todos os medos e cobranças de lado, vibrando todos os dias nesta sensação quentinha no Coração, que só vem quando nosso trabalho é nossa Oferenda de Amor para o mundo.