Vamos falar hoje de uma dinâmica muito comum entre as mulheres de hoje (e de sempre!). E, se você é homem, lhe aconselho a ler com cuidado, porque aí você vai reconhecer talvez sua mãe, sua mulher, suas amigas, irmãs, filhas ou até funcionárias.
Vamos “rastrear” o padrão: a pessoa, neste caso uma mulher, em algum momento desenvolve como estratégia de sobrevivência usar a sua FORÇA (qualidade positiva) para controlar tudo e todos ao seu redor. E se torna cada vez mais forte por fora, mas cada vez mais quebradiça e frágil por dentro. Para esconder e proteger esta fragilidade torna-se autoritária, controladora de tudo e todos que ama, sendo também aquela pessoa que cuida de tudo e todos. Para se permitir receber ajuda, ela faz escolhas que a fragilizam (uma doença, por exemplo.). Se ela consegue se abrir e pedir ajuda (o que não é fácil para esta tipologia) ela recebe ajuda e se fortalece. Quando está recém “criando a casquinha”, as pessoas ao seu redor que são co-dependentes da sua Força, já começam a espoliar sua energia novamente, estancando a direção energética de doação.
Até porque esta mulher não consegue ficar muito tempo na polaridade do receber, pois se aproxima muito da Casa do Coração, onde tem dor e risco de ser abandonada ou abusada. Ela respira fundo e entra na onipotência – a falsa força – “deixa comigo” e segue a dinâmica relacional sacrificando a si mesma. Quando não agüenta mais a espoliação e está exaurida outra vez, ela recomeça o ciclo, fragilizando-se novamente, etc., etc. A cada repetição em busca de nutrição, ela reforça a crença de que “para ser cuidada, eu preciso estar frágil”, isto é, “preciso abrir mão de minha Força”.
Aqui o segredo é desacoplar ajuda de fragilidade e acoplá-la com vulnerabilidade.
Resumindo:
Escolhas que levam à fragilidade (Pólo Negativo) → Pedir e Conseguir ajuda.
(Pólo Positivo: fortalecimento / abertura) → Logo que se fortalece um pouco, recomeça a espoliação (Negativo: irritação, desapontamento, solidão, sensação de traição.) → Aceitação da Espoliação e do Sacrifício. Falsa força: “deixa comigo”. (Pólo Negativo: fechada, controladora). → Recomeço do Ciclo (a cada repetição, ilusão de um resultado diferente e novo desapontamento)
Crença que se estabelece:
“Para receber, tenho que ser/estar fraca”
Há confusão entre fragilidade e vulnerabilidade:
Frágil:
“Sou/estou fraca, me proteja!”
Vulnerável:
“Estou aberta e recebo, sem precisar abrir mão de minha força.”
E aqui é fundamental compreender a importância do equilíbrio entre o doar e o receber.
Assim:
“Para receber apoio e nutrição serei vulnerável, sem precisar abrir mão de minha FORÇA. Posso ser forte e ainda assim receberei toda a ajuda, nutrição, suporte, amor e sucesso que mereço. Estou aberta, recebo.
Meus relacionamentos são uma dança saudável entre DOAR e RECEBER. SOU UMA FONTE INESGOTÁVEL DE AMOR E FORÇA!”